domingo, 14 de junho de 2020

O verdadeiro segredo dos bolsonaristas

Caro leitor,
no dia em que escrevo esse texto, arrisco-me a dizer que boa parte dos bolsonaristas de hoje são pessoas inseguras, medrosas e que se tremem de pavor da realidade que os cercam e horror da sua própria realidade, por isso esse apoio incondicional ao "mito".

O discurso do "mito" embora frágil, vazio e sem qualquer tipo de embasamento, dá segurança aos inseguros. Os bolsonaristas são aqueles que tem medo de ser feliz, são aqueles que tem medo de encarar a realidade e preferem ficar protegidos em suas bolhas ou em seus armários. Nada melhor do que o "mito" para por a "ordem" e ninguém precisar sair de seus armários.

Se fazer de bobo alegre com o discurso de que quer salvar o Brasil é uma das estratégias de disfarce dos bolsonaristas, ou melhor, a principal estratégia dessa parcela da sociedade. 

O que é essa insegurança?

Insegurança em relação as mudanças evolutivas que acontecem no mundo como os debates sobre a homofobia, o machismo, o espaço da mulher, a honestidade, a desigualdade social, o racismo e o debate de que todos somos iguais.

A pessoa que se prende ao pensamento conservador acredita que fica "protegida" de ser vinculada como pertencente desses debates citados no parágrafo acima, seu armário com seus segredos comuns e humanos ficam trancados a sete chaves. 

É lógico que não posso generalizar, entretanto garanto que 80% dos bolsonaristas se enquadram como favoráveis e simpatizantes aos debates libertários, porém com medo de quebrarem as correntes dos seus armários para fugirem de qualquer tipo de julgamento, preferem se enganar e apoiarem o reacionismo. Os outros 20% são pessoas ignorantes, egoístas e desumanas que precisam de uma luz para ampliar suas cegueiras. 

Eu sei que se um bolsonarista chegou até esse parágrafo sozinho em casa, vai concordar comigo. Se essa leitura estiver sendo em conjunto, esse bolsonarista vai se por como fazendo parte dos 20%.

domingo, 26 de abril de 2020

Sergio Moro pode cair no artigo 317 da lei penal!

Caro leitor,
na ultima sexta-feira (24/04) o ex-ministro da justiça, Sergio Moro, fez um pronunciamento se desligando do ministério e acusando de crime de responsabilidade o atual presidente da republica Jair Messias Bolsonaro.

Moro afirmou que o atual presidente está querendo intervir politicamente na policia federal em atos sigilosos da corporação, no qual ele (presidente) não pode ter conhecimento por lei. Porém, Bolsonaro, ignorando a lei, segundo Moro, forçou a demissão de Valeixo da direção geral da policia federal, para por alguém da sua "confiança" para conduzir alguns processos de acordo com os interesses dele próprio. Processos esses que tem dois de seus filhos como investigados.

Nunca fui fã e nem sou agora do ex-ministro e ex-juiz, Sergio Moro, muito pelo contrário, sou muito crítico, por ao meu ver, o mesmo ter conduzido a operação Lava-Jato de forma, política, parcial e na minha opinião ter tirado muito proveito dessa sua condução completamente questionável. 

Grampos telefônicos ilegais da presidente da república, ofereceu testemunhas para a acusação, escolhia as testemunhas do acusado, era abertamente contra o acusado e ainda o condenou sem provas.

Condenar sem provas passou (inadmissível), agora acusar sem provas concretas vai passar? 

Espero que ele tenha as provas!

Não estou aqui querendo ser advogado de Bolsonaro, até porque não votei, não votaria e não gosto do governo do atual presidente. Mas não podemos atropelar a constituição como "fizemos" outrora.

O mais interessante é que o ex-ministro conhecendo a lei penal, pelo menos acho que ele conhece, se auto denunciou no seu pronunciamento expondo em alto e bom som um "segredo" entre ele e Bolsonaro. Moro só aceitaria assumir o ministério da justiça com uma condição: 

"[...] Se algo me acontecesse, pedi que minha família não ficasse desamparada sem uma pensão, foi a unica condição que coloquei para assumir essa posição [...]" 

Essa condição de Moro aceita por Bolsonaro, segundo o ex-ministro, entra como crime do código penal do artigo 317. Por sinal o mesmo crime que Moro quando juiz, condenou sem provas, o ex-presidente Lula. Recebimento de vantagens indevidas (triplex e sítio de Atibaia).

Ironia do destino?

Segundo o artigo 317 do código penal:

" Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem."

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

Sergio Moro cai no crime do artigo 317 por, aceitar promessa de tal vantagem, como está escrito no código penal. Embora ele não tenha recebido a vantagem em questão, mas aceitou o cargo por assegurar-se que a promessa, da vantagem indevida, por ele exigido, foi aprovada pelo presidente, Jair Messias Bolsonaro.

O ex-ministro pode até apresentar as provas contra Bolsonaro e com isso derruba-lo da presidência, pois se for verdade o que Sergio Moro declarou em seu pronunciamento, o crime do presidente é gravíssimo ao ponto do seu impedimento. Porém, não pode passar despercebido a sua revelação de querer receber vantagem para assumir o cargo, já que essa vantagem não está assegurada na lei. Portanto é vantagem indevida, é crime de corrupção passiva! Igual ele condenou, sem provas cabais, o ex-presidente Lula.

Ironia do destino? [2] 

Se caso as exigências de Moro para assumir o ministério da justiça é de fato corrupção passiva, o presidente da republica, Jair Bolsonaro, cai no crime de corrupção ativa, por aceitar as exigências ilegais de Moro.

A Constituição sempre tem que estar acima de todos!

quinta-feira, 16 de abril de 2020

O Jornalismo na Contramão

Para os poucos que me conhecem sabem que eu sou extremamente crítico em relação ao comportamento profissional de muitos jornalistas e, quanto mais os anos passam, mais entendo a importância e o dever desta profissão e mais fico critico da postura de muitos profissionais famosos ou não desta área da comunicação.

Não quero com esse texto creditar a mim todo o conhecimento jornalístico, longe disso, porém me julgo com maturidade o suficiente para analisar e fazer ponderações sobre as aberrações que estou vendo neste meio a muito tempo.

Começo pelos patéticos programas policiais que infestaram o país trazendo ódio, medo e desinformação para a população e tendo como apresentadores em sua maioria, profissionais nefastos, preguiçosos, sem qualquer tipo de leitura ou fundamento de qualquer assunto, geralmente são super conservadores, sensacionalistas (praxe), simplistas (por serem preguiçosos e não lerem nem gibi), são chapa branca nas entrevistas, por sinal só tem capacidade de fazer entrevistas se for desta forma e, falsos. Falam o que o povo quer ouvir:

Policia neles, bala no bandido, cadeia neles, família tem que ser feliz, papai Noel, coelhinho da Páscoa etc..

Não sou contra que exista programas com essa abordagem policial, mas é importante o mínimo de sensatez e serenidade. É necessário muito critério para buscar o profissional que irá comandar o programa na frente das câmeras, não pode ser qualquer orangotango de terno. O jornalismo não pode ser um entretenimento as avessas.

Essa minha critica vai principalmente para os mais famosos desse meio (repórteres, apresentadores e diretores) que passam a falsa sensação para a sociedade e estudantes de jornalismo, que são muito importantes ou tem algum tipo de história na profissão. 

Não tem! 

Nunca fizeram nada de significativo além de falar baboseiras por anos na frente da televisão, puxarem o saco de famosos e ainda serem covardes, pois só batem em cachorro morto, como aconteceu agora com o ex-ministro Mandetta. 

Os estudantes de jornalismo ou qualquer outra área da comunicação não podem ter esses profissionais que estão a frente desses programas como referencia, pois eles nunca foram referencia, sempre andaram na contramão do jornalismo.